Sempre que me lembro do Lucas, lembro dos 9 (nove) anos que tive ao lado dele. Ele sempre foi brincalhão, querido, amigável , animado, etc.
Ele sempre foi querido comigo, foi o MELHOR IRMÃO DO MUNDO quando eu tinha 9 (nove) anos o Lucas foi diagnosticado com leucemia uma doença que tem risco de morte. (Eu estava na escolinha com meu irmãozinho que tinha 3 (três) anos). E como meu irmão já tinha percebido que não resistiria a essa doença ele mandou meu pai pegar eu e meu irmão mais novo (Lolô) da escolinha para termos a chance de se despedir.
Quando cheguei em casa ele estava no banho e minha mãe disse para eu esperar na sala. Quando ele saiu do banheiro eu sai correndo pra abraçar ele, ele pegou meu irmão e eu no colo e foi correndo pra sala se sentar e ele explicou pra mim sobre essa doença que ele estava sofrendo.
Comecei a chorar e ele me deu um abraço e começou a fingir que estava ligando pro médico (os médicos era eu e o Lolô). E nós estávamos brincando de cuidar dele, depois eu dei um abraço beeemm apertado e ele foi pro hospital geral e no outro dia ele foi pro hospital em Porto Alegre nesse momento eu fui dar um tchauzinho pra ele da porta.
Quando meus pais foram levar ele pro hospital eu comecei a chorar e minha irmã mais velha (Laís) foi me acolher e algumas horas depois minha tia foi buscar eu e o meu irmão para posar na casa dela o primeiro dia foi muito legal, agente se divertiu muito brincamos, comemos muito, isso foi na quarta e daí agente ficou lá quarta, quinta e sexta maaaasss. Na sexta dia 07/12 ele faleceu e minha mãe foi falar por telefone para minha tia que ele não tinha resistido.
Minha tia tinha vivido muito tempo com ele então ela ficou bem triste e ela não queria chorar na frente de nós pra não nos preocupar e então ela foi ao banheiro e começou a chorar.
Minha prima buscou agente de manhã cedo porque minha tia tinha ficado muito triste. E nós ficamos lá um bom tempo. Depois nós fomos para a Paróquia Nossa Senhora das Graças na feitoria e eu achei estranho pois meus primos, tios e dindos não eram católicos. Daí nós descemos do carro e veio umas 7 ou 8 pessoas lá perto de mim e eu sentei no colo do meu pai e minha mãe disse:
-Filha... Lembra aqueles 3 (três) dias que o Lucas ficou no hospital?
-Lembro.
Eu disse e ela começou a chorar e disse :
-então... (uma pausa para chorar) ele não resistiu
E eu e todo mundo choramos muuuuuiiiitoooo e entrando na igreja eu vi milhares de pessoas lá por causa dele eu fiquei lá frente com a Leti (esposa dele).
Aquilo tudo pra mim foi um choque, na escola eu não consegui me concentrar na aula. No recreio eu fiquei o tempo todo chorando até uma amiga minha ver e for correndo chamar a professora. Mas esse não é o foco agora, só quero que saibam que tudo isso aconteceu de verdade eu vivi todos esses momentos e quero deixar claro que o Lucas foi meu melhor amigo e agora que eu estou fazendo o ONDA lembro a cada segundo dele. #játemondanocéu